Exame de próstata, devo me preocupar?

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O exame de próstata desempenha um papel crucial na detecção do câncer de próstata, que é a segunda principal causa de morte por câncer em homens no Brasil. A primeira causa é o câncer de pele não-melanoma.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, estima-se que apenas em 2018 tenham surgido 68.220 novos casos dessa doença. Esses números indicam um risco estimado de 66,12 novos casos a cada 100 mil homens.

Além disso, o câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer entre os homens no Brasil, resultando em mais de 14 mil óbitos.

O QUE É O EXAME DE PRÓSTATA E PARA QUE SERVE?

O exame de próstata tem como objetivo verificar a presença de possíveis alterações na glândula. Os procedimentos mais recomendados são o toque retal e a análise sanguínea do PSA.

Caso sejam detectadas alterações nesses exames, o médico especialista poderá solicitar outros procedimentos, como a medição do jato de urina e a ultrassonografia transretal, para uma investigação mais aprofundada de possíveis tumores que apresentem risco de malignidade e desenvolvimento de câncer.

COMO É FEITO O EXAME DE PRÓSTATA?

O exame de PSA é realizado por meio da coleta de uma amostra de sangue venoso, a fim de medir a quantidade de Antígeno Prostático Específico (PSA), uma proteína produzida pela próstata. Esse exame possibilita a investigação de possíveis condições, como câncer de próstata, hiperplasia prostática benigna e prostatite, que é a inflamação da próstata.

Já o exame de toque retal é realizado durante uma consulta com um urologista ou proctologista. Consiste na inserção do dedo indicador do médico especialista, protegido por uma luva de látex e lubrificado, no ânus do paciente. É um procedimento rápido e indolor, que tem a capacidade de detectar complicações como coloproctite, fissura anal, hemorroidas ou nódulos. Esse exame é essencial para o rastreamento do câncer de próstata e deve ser realizado regularmente.

PRÉ-REQUISITOS PARA O EXAME DE PRÓSTATA

Para realizar o exame de próstata, é necessário atender ao pré-requisito de ter, pelo menos, 40 anos de idade, principalmente se houver histórico familiar da doença.

PREPARO

Recomenda-se que, para a realização do exame de PSA, o paciente evite a prática de esportes intensivos nas 72 horas que antecedem a coleta. Além disso, é aconselhável não ter realizado o exame de toque retal durante esse período, pois pode interferir nos resultados do PSA.

Quanto ao exame de toque retal, não é necessário nenhum tipo de preparo específico

TEMPO DE DURAÇÃO

Os exames de próstata costumam ser realizados de forma rápida e sem causar dor, levando em média de 10 a 15 minutos para serem concluídos.

QUAIS FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE PRÓSTATA?

Existem alguns fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver câncer de próstata. Veja:

Idade: o risco de câncer aumenta à medida que se envelhece, sendo mais comum em homens com mais de 55 anos.

Histórico familiar de câncer: ter parentes com histórico de câncer de próstata é um fator de risco significativo.

Obesidade: estudos indicam que a obesidade está associada a um maior risco de desenvolver câncer de próstata.

É importante ressaltar que o diagnóstico precoce do câncer de próstata pode aumentar as chances de cura. Não deixe de realizar exames periódicos para detectar a doença em estágios iniciais.

QUAL IDADE PARA FAZER EXAME PRÓSTATA?

Recomenda-se que homens com idade igual ou superior a 50 anos façam o exame de próstata regularmente. No entanto, se houver fatores de risco, como histórico familiar de câncer de próstata, a idade recomendada para iniciar os exames pode ser reduzida para 40 ou 45 anos. É importante consultar um médico para avaliar o histórico pessoal e familiar, bem como determinar a idade adequada para iniciar os exames de próstata.

TIPOS DE EXAME DE PRÓSTATA:

Existem dois principais tipos de exames utilizados na avaliação da próstata:

  1. Exame de toque retal: Nesse exame, o médico insere o dedo revestido por uma luva lubrificada no reto do paciente para sentir a próstata e verificar possíveis irregularidades, como nódulos ou aumento de tamanho. É um procedimento rápido e geralmente indolor.

  2. Exame de PSA (Antígeno Prostático Específico): É um exame de sangue que mede os níveis da proteína PSA produzida pela próstata. O aumento do PSA pode indicar a presença de doenças na próstata, como o câncer. No entanto, é importante destacar que um aumento no PSA não necessariamente indica câncer, podendo ser causado por outras condições benignas, como a hiperplasia prostática benigna.

Geralmente, esses dois exames são utilizados em conjunto para fornecer uma avaliação mais completa da saúde da próstata. O médico poderá recomendar outros exames complementares, como ultrassonografia, ressonância magnética ou biópsia, caso haja suspeita de alguma alteração na próstata. É importante consultar um médico para determinar quais exames são mais adequados para cada caso.

Existem outros tipos de preventivos capazes de identificar complicações na glândula, conheça:

ULTRASSONOGRAFIA TRANSRETAL

A ultrassonografia transretal é um exame que envolve a introdução de um transdutor no reto para avaliar o tamanho da glândula prostática e detectar possíveis alterações em sua estrutura. Esse exame invasivo é capaz de identificar o câncer de próstata em estágios iniciais.

MEDIÇÃO DO JATO DE URINA

O exame tem como objetivo avaliar a força e o volume do jato de urina durante cada micção. Através dessa análise, é possível identificar possíveis alterações na urina, o que pode indicar complicações ou problemas associados.

EXAME DE URINA DE LABORATÓRIO

O exame laboratorial de urina, conhecido como PCA3, permite avaliar a agressividade do tumor cancerígeno e auxiliar na seleção do tratamento adequado.

BIÓPSIA

A biópsia é um exame que serve para confirmar o diagnóstico e pode identificar tanto tumores benignos quanto malignos. Nesse procedimento, é retirado um pequeno fragmento da glândula para ser enviado ao laboratório e analisado.

PROLARIS: O QUE É O EXAME GENÉTICO E PARA QUE SERVE?

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O exame genômico denominado Prolaris é utilizado para analisar a expressão de RNA de 46 genes, com o intuito de investigar a agressividade do câncer de próstata em pacientes já diagnosticados com essa condição.

Esse exame proporciona uma estimativa da probabilidade de recorrência da doença, auxiliando o médico no direcionamento do tratamento. Além disso, o Prolaris também permite avaliar o risco de vida que um paciente corre caso opte por não realizar a remoção da próstata. Por outro lado, caso o paciente opte por um tratamento definitivo, como cirurgia ou radioterapia, o exame revelará o risco de desenvolvimento de metástases ao longo de 10 anos.

Essas informações possibilitam que oncologistas, urologistas e pacientes discutam estratégias de tratamento visando melhorar a qualidade de vida do paciente e oferecer um tratamento adequado de acordo com a agressividade da doença em questão.

Dr. Bruno Molina

É médico cirurgião Geral formado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioste.
Possui especialização (residência médica) em Urologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – UFPR

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